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"E aqueles que foram vistos dançando foram julgados insanos por aqueles que não podiam escutar a música." F. Nietzsche
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Carolina Hickmann. Tecnologia do Blogger.
quinta-feira, 22 de setembro de 2011

postheadericon E agora, José? Ou Jesus?

A alguns meses atrás tive uma daquelas conversas que começa em politica, passa por história e economia, mas sempre acaba em religião, com o Lourenço. Mas esta teve um final mais estranho, mais inusitado: externei um sentimento que sempre tive inconscientemente, e por expressá-lo acabei por senti-lo. Nunca - e repito, nunca - tive a visão de Deus dos católicos, aquele que cuida se tu fizeres tudo o que ele ordena, e pune a menor das falhas... Tanto que ali pela terceira série minha família recebeu uma ligação da igreja local comunicando que eu não poderia participar dos Girassois da "pqp" se continuasse com aqueles pensamentos errados: eu havia dito para o padre que era mais misericordiosa que Deus. E de fato, até hoje acho que sou mais misericordiosa que o Deus do católicos. Que aliás, é três em um, e pra mim nenhuma religião monoteísta pode ter três Deuses. Deus não é rádio, toca disco e gravador, eu acho.
Enfim, então não sou católica. Sou o que? Nada. Quando entendi que os primeiros "Deuses" eram na verdade humanos que utilizavam o medo para governar politicamente um povo menos esclarecido, no caso os faraós, comecei a ter uma visão mais crítica dos mandamentos e da bíblia. Para mim, este livro não passa de um guia (assim como os faraós) para dirigir o povo. Necessário na época, necessário ainda agora... Mas para mim, não mais. E depois que conheci a equação E= mc² comecei a acreditar que deus era energia. Uma energia grande, que deu início as coisas. E aí já se foi qualquer esperança minha de me encaixar em alguma religião convencional.
Enfim, o que eu falei pro Lourenço aquele dia foi que eu sei que eu só acredito em Deus pq ainda preciso de algo para me apoiar. Alguma força superior que guie a minha vida. Que exerça alguma força maior. E quando o professor Felipe Pimentel perguntou numa aula de história como se chamava o fato das pessoas acharem que Deus interfere na nossa vida eu só consegui pensar "loucura".
Na verdade é outro nome que no momento não me recordo, mas o fato é que depois de tudo isso o meu sentimento de ter algum ser superior tomando conta de mim se esvaiu e recentemente passei por uma situação na qual antigamente me desesperaria sem um "Deus" pra me cuidar e acabei não sentindo falta alguma...
E então tenho que me perguntar: existem pessoas -muito- mais estudadas que eu, com mais cultura, mais entendidas e que acreditam em Deus. Será que elas acreditam ou só "acreditam" pra ter em que se apoiar nos momentos difíceis?
Afinal, pra uma coisa existir basta que alguém "acredite" nela.



*O Nicholas foi um dos primeiros a ler meu texto e exprimiu ele maravilhosamente bem em uma frase: - Perto da morte não existe ateu.*

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